Minas Gerais registrou um aumento de 24% nas exportações do agronegócio entre janeiro e maio de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O valor total embarcado alcançou US$ 8,4 bilhões. Apesar da queda de 5,2% no volume exportado, que somou 6,9 milhões de toneladas, a valorização dos preços internacionais compensou a redução física.
O café se manteve como o principal produto da pauta exportadora do estado. As vendas externas da commodity alcançaram US$ 4,8 bilhões, representando um crescimento de 67,2% em valor.
De acordo com a Seapa, a alta nos preços internacionais foi determinante para o resultado, mesmo com uma queda de 5,5% no volume embarcado, reflexo da menor oferta interna e de dificuldades logísticas.
O setor de carnes também apresentou um desempenho positivo. As exportações totalizaram US$ 680,4 milhões, com um aumento de 17,1% no valor e de 7,1% no volume.
A carne bovina foi a principal responsável pelo aumento, com um crescimento de 17,2% na receita e de 5,1% na quantidade. A carne de frango respondeu por 23,5% da receita das carnes exportadas, movimentando US$ 159,7 milhões, com elevações de 8,6% em valor e 3,9% em volume.
Em contrapartida, o complexo soja registrou uma queda de 9,2% em valor, atingindo US$ 1,6 bilhão. O volume permaneceu estável em 4 milhões de toneladas.
Segundo a Seapa, o recuo nos preços foi influenciado pelo aumento global dos estoques e pela redução dos prêmios de exportação.
Alguns produtos registraram um crescimento expressivo, como os ovos, com uma alta de 674,8% no valor exportado. Os produtos apícolas também tiveram um bom desempenho, com um crescimento de 90,5%.
Os cereais, com destaque para o milho, tiveram um aumento de 89,4%, e os queijos avançaram 25,4%. Para a Seapa, os dados demonstram a ampliação da presença mineira em novos mercados consumidores.
O setor sucroalcooleiro enfrentou retração. As exportações somaram US$ 487,1 milhões, com uma queda de 35,4% em valor e 29,7% em volume.
O açúcar de cana respondeu por US$ 461,2 milhões, com um recuo de 36,1%, enquanto o álcool registrou uma baixa de 22,3%. Os produtos florestais também fecharam o período com uma queda de 3%, totalizando US$ 465,7 milhões exportados.