Produção de café canéfora salta 59,8% e atinge R$ 34,46 bilhões
Publicado em 25/07/2025 14h30

Produção de café canéfora salta 59,8% e atinge R$ 34,46 bilhões

A produção brasileira de café canéfora (robusta e conilon) deve gerar R$ 34,46 bilhões em 2025, um aumento de 59,83% em relação a 2024, impulsionando o VBP do setor.
Por: Redação

A produção brasileira de café da espécie Coffea canephora, que engloba as variedades robusta e conilon, tem projeção de alcançar R$ 34,46 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP) no ano-cafeeiro de 2025. A informação foi divulgada pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O valor representa um crescimento de 59,83% em relação ao registrado em 2024, que foi de R$ 21,56 bilhões.

Quando comparado com o faturamento efetivo de 2023, que somou R$ 12,33 bilhões, observa-se uma variação positiva de 179,5% no período de dois anos.

Os dados são parte do acompanhamento mensal do setor, realizado com base nos preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e junho de 2025. A referência são os valores do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.

Considerando todas as espécies de café produzidas no país, o VBP total do setor em 2025 deve alcançar R$ 124,25 bilhões.

A maior parte desse valor, R$ 89,79 bilhões, corresponde à produção de Coffea arabica, o que representa 72,3% da receita nacional do café.

O Coffea canephora, por sua vez, será responsável por 27,7% do montante.

O resultado projetado para 2025 representa um crescimento de 58,9% sobre os R$ 78,19 bilhões registrados em 2024.

Na comparação com 2023, quando o faturamento totalizou R$ 51,83 bilhões, o avanço é de 140%. A apuração dos dados tem como referência o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Espírito Santo se mantém como o principal estado produtor de Coffea canephora, com faturamento estimado em R$ 23,20 bilhões.

Este montante representa 67,3% da receita nacional da espécie.

Rondônia aparece na segunda posição, com R$ 5,09 bilhões (14,8%), seguido pela Bahia, com R$ 4,90 bilhões (14,2%).

Minas Gerais e Mato Grosso completam o grupo com R$ 799,65 milhões (2,3%) e R$ 279,82 milhões (0,8%), respectivamente.

Outros estados como Acre, Amazonas, São Paulo, Pará e Ceará também contribuem para a composição do total estimado para 2025.