O ritmo das negociações da oleaginosa no estado apresentou um salto de 6,79 pontos percentuais em comparação ao mês anterior. O avanço foi motivado pela melhora nos preços e pela maior procura pelo grão mato-grossense, conforme aponta o boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar do crescimento mensal, o volume de vendas da safra 2024/25 permanece defasado. O percentual atual está 3,63 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período de 2024 e 1,66 ponto percentual atrás da média dos últimos cinco anos para o mês.
O principal fator para o avanço foi a recuperação das cotações. Em julho, o preço médio mensal da saca de 60 kg fechou em R$ 117,93, uma alta de 5,09% sobre junho. A sustentação para essa alta veio, principalmente, da valorização dos prêmios nos portos.
Para a safra 2025/26, cujo plantio se aproxima, os produtores também avançaram nas negociações, buscando travar os custos de produção. O volume vendido atingiu 22,49% da produção estimada para o novo ciclo, um aumento de 4,99 pontos percentuais em relação a junho.
Mesmo com o avanço no mês, o ritmo de negócios para a nova temporada é um dos mais lentos da série histórica do Imea para este período. A principal causa é o patamar de preços, considerado pouco atrativo pelos agricultores nesta pré-temporada.
O preço médio para as negociações da safra futura ficou em R$ 109,22 por saca, uma alta de 2,33% frente a junho. Este aumento, contudo, ainda não foi suficiente para estimular uma comercialização mais veloz por parte dos produtores.
O cenário mostra que, enquanto a safra atual tem vendas estimuladas por preços melhores, a temporada 2025/26 ainda é marcada pela cautela do produtor, que aguarda condições mais favoráveis para firmar novos compromissos.