O mercado da melancia registrou uma queda nos preços na última semana de setembro, revertendo a tendência de alta observada na quinzena anterior. De acordo com o Hortifrúti/Cepea, a pressão veio de dois lados: a demanda enfraquecida e a oferta em expansão.
A proximidade do final do mês, período em que o poder de compra do consumidor costuma ser menor, e as temperaturas mais amenas nas principais regiões consumidoras do Sul e Sudeste do país, reduziram a procura pela fruta.
Ao mesmo tempo, a intensificação da colheita em Uruana (GO), uma das principais praças produtoras, aumentou o volume de melancia disponível no mercado. Esse cenário de maior oferta e menor demanda resultou em uma forte pressão sobre as cotações.
Segundo o levantamento do Cepea, entre os dias 22 e 26 de setembro, a melancia graúda (acima de 12 kg) foi comercializada a uma média de R$ 1,04/kg em Uruana, o que representa uma queda acentuada de 21,8% em relação à semana anterior.
Em Lagoa da Confusão (TO), outra importante região produtora, a desvalorização foi de 11,60%, com a fruta de maior calibre sendo negociada a R$ 0,95/kg, mesmo com uma disponibilidade menor em comparação com a praça goiana.
A perspectiva para esta semana, segundo os pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, é de que os preços da melancia continuem pressionados. A previsão de temperaturas mais baixas nos principais mercados consumidores e a expectativa de avanço da colheita em Goiás devem manter o cenário de cotações em baixa.