Publicado em 25/05/2015 00h00

Carne: Devemos mirar Japão e Coreia do Sul, sugere Giannetti

Ex-presidente da Abiec disse esperar abertura dos Estados Unidos para carne in natura em junho
Por: Estadão Conteúdo

bife
Abertura do mercado chinês deve impulsionar preços recebidos e volumes de carne bovina exportada, avalia Gianetti

O Brasil deve mirar a abertura dos mercados do Japão e da Coreia do Sul para a carne bovina in natura, após a retomada de vendas para a China. A avaliação é do economista Roberto Giannetti da Fonseca, integrante do Conselho do Agronegócio da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e ex-presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Conforme Gianetti da Fonseca, "esses mercados ainda são dominados pela Austrália e remuneram bem. Temos que avançar na abertura dessas regiões", disse ele à Agência Estado, antes de participar do 2º Fórum de Mobilidade Urbana, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta sexta-feira (22/5).

Ele também citou México, Canadá e Estados Unidos como mercados relevantes, que o Brasil deveria trabalhar para iniciar vendas da proteína. "Estou confiante de que a abertura dos Estados Unidos à carne in natura vai se concretizar em junho", declarou. Sobre a reabertura do mercado chinês, Giannetti avalia que a medida pode impulsionar ainda mais os preços recebidos e o volume embarcado.

Economia e mobilidade urbana

Gianetti da Fonseca comentou que o País enfrenta um problema econômico e que está regredindo em termos de visão de médio e longo prazo. "O ajuste fiscal é necessário, mas ele não é o meio, não é a finalidade para o crescimento sustentável.

Mas ele é nocivo para gerar demanda agregada", disse. O economista, que também é presidente do Lide Infraestrutura, declarou que, para se avançar em mobilidade urbana, é necessário que se faça um bom planejamento urbano das grandes metrópoles, antes do investimento nos modais. E na sequência, providenciar transporte público de qualidade.