Publicado em 25/05/2015 00h05

OIE deve reconhecer SC como zona livre de peste suína clássica

A expectativa é de que Coreia do Sul, União Europeia e México passem a comprar o produto local após a certificação
Por: Estadão Conteúdo

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Faz 25 anos que não há registro de peste suína clássica no rebanho catarinense

Uma delegação de Santa Catarina vai participar, próxima quinta-feira (28/5), da 83ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. Na ocasião, o Estado deve receber certificação internacional como zona livre de peste suína clássica. Pela primeira vez a OIE certificará países ou zonas livres de peste suína clássica, o que faz de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul uma das únicas regiões do mundo com esse reconhecimento.

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca catarinense informa que a expectativa é de que Coreia do Sul, União Europeia e México passem a comprar o produto local. O Estado do Sul também é, desde 2007, a única Unidade Federativa do país com certificação internacional da OIE de zona livre febre aftosa sem vacinação, o que caracteriza o mais elevado padrão de erradicação de uma doença.

Faz 25 anos que não há registro de peste suína clássica no rebanho catarinense, segundo a secretaria. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias permanentes nas divisas com os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul e também na fronteira com a Argentina, para impedir o ingresso de animais e produtos de origem animal que possam contaminar o rebanho catarinense.

Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. São 10 mil criadores integrados àsagroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas do produto. Com umrebanho efetivo estimado em 7,9 milhões de cabeças, Santa Catarina é responsável por aproximadamente 35% das exportações brasileiras.

A comitiva catarinense será liderada pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira e pelo secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.