Publicado em 04/12/2015 16h59

Ainda em queda, alimentos valem apenas 50% mais que no início do século, mostram índices FAO

“Correndo” separadamente no decorrer do tempo conforme o comportamento individual dos próprios mercados, em novembro os índices de preço de cereais e de carnes e o próprio índice geral de preços da FAO voltaram a se encontrar (como fica claro no gráfico abaixo), o que significa que mantêm entre si a mesma proporcionalidade observada nos primeiros anos deste século.
Por: Canal do Produtor

Porém, o que chama a atenção nesse reencontro de índices é o fato de apresentarem valor não mais que 50% superior ao registrado na ocasião em que foram implantados, isto é, no triênio 2002/2004, princípio do século XXI. E lá se vai mais de uma década.

Detalhando, o índice geral da FAO fechou novembro com valorização de 56,7% e uma diferença a menos de apenas 1,9 ponto percentual em relação às carnes (58,6%) que, por sua vez, apresentaram ganho de 4,9 pontos sobre os cereais (53,7%).

Acima disso, porém, o que mais surpreende, nesses casos, é a grande diferença em relação a picos de preço anteriores de cada item. Por exemplo, os cereais (item que inclui as matérias-primas para rações) já chegaram a registrar preços perto de 170% superiores aos do início da contagem. Isto ao mesmo tempo em que as carnes obtinham valorização de apenas 70%.

Mas o pico de preço das carnes, recente (agosto de 2014), foi relativamente maior: acréscimo de 112% em relação à média do trimestre 2002/2004 - o que significa que, em valores relativos, alcançam no momento 75% de seu maior preço.

Aliás, em relação aos preços de novembro de 2014, são as carnes que apresentam o maior índice de redução: menos 23%, enquanto os cereais registram recuo de 16% e o índice geral FAO de 18%.

No entanto, no acumulado do ano, o recuo de carnes e cereais é muito similar, de 14% e 15%, respectivamente, e inferior ao do índice geral de preços, que caiu quase 19% em comparação aos mesmos 11 meses de 2014.