Publicado em 09/12/2015 10h50

Moagem de cana sobe 19% na 2ª quinzena de novembro

A moagem de cana-de-açúcar por usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil alcançou 18,74 milhões de toneladas na segunda metade de novembro. Apesar de ser 18,85% maior que o registrado em igual quinzena da safra anterior (15,77 milhões de toneladas), o processamento nos últimos 15 dias do mês passado ficou 26,91% aquém do verificado na primeira metade de novembro (25,64 milhões de toneladas).
Por: Estadão Conteúdo

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8/12), pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Para o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, em 2014 "a retração na moagem observada ao final de novembro ocorreu devido ao término precoce da safra, enquanto que neste ano a redução se deve principalmente às chuvas registradas na maior parte das áreas canavieiras". 

Na média do Centro-Sul foram mais de 35 dias parados entre abril e novembro de 2015 em decorrência das precipitações, acrescentou. Conforme a Unica, neste ano apenas 47 unidades produtoras haviam encerrado a moagem até o final de novembro, contra 137 em igual data de 2014.

Devido ao baixo aproveitamento de moagem no último mês, grande parte das unidades produtoras está postergando a data de encerramento anteriormente programada para a safra 2015/16. Dessa forma, no acumulado desde o início da atual safra até 1º de dezembro, o volume processado de matéria-prima somou 563,29 milhões de toneladas, crescimento de 1,64% ante as 554,22 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo anterior.

Na segunda quinzena de novembro, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana moída totalizou 119,29 kg, contra 138,17 kg verificados em igual quinzena do ano passado (-13,67%). Segundo Rodrigues, "o menor nível de ATR por tonelada de cana deve incentivar a manutenção de um mix de produção mais alcooleiro nas próximas quinzenas".

No acumulado desde o início da safra 2015/16, a concentração de açúcares atingiu 132,66 kg por tonelada de matéria-prima frente a 137,04 kg contabilizados no mesmo período de 2014 (-3,19%).