Publicado em 20/01/2016 18h17

Milho: catarinenses pedem leilão de estoques e subsídio

Preço passou de R$ 27 para R$ 42 a saca desde outubro do ano passado
Por: Estadão Conteúdo

Depois de criadores de aves e suínos do Centro-Oeste baterem na porta do Ministério da Agricultura reclamando do preço do milho, o setor produtivo de Santa Catarina também pede "ação imediata" para conter a alta das cotações do insumo. Em documento enviado ao ministério, a Organização das Cooperativas do Estado, a Federação da Agricultura e Pecuária e a Coopercentral Aurora Alimentos afirmam que o preço do milho passou de R$ 27 por saca em outubro para R$ 42 a saca em janeiro.

"Nesse momento não há escassez nem excesso de milho no mercado, mas a opção pela exportação drenou 30 milhões de toneladas do mercado doméstico para o mercado internacional", dizem em nota. "Dessa forma, os criadores de aves e suínos e as indústrias pagam, desde o ano passado, o valor correspondente à cotação internacional para comprar milho destinado a sua transformação em carne", explicaram.

As entidades afirmam que a situação em Santa Catarina já é de crise e relatam que o custo do milho está "inviabilizando dezenas de pequenas e médias indústrias frigoríficas e tornando insolventes milhares de produtores rurais". Elas pedem duas medidas: a intervenção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com leilões de venda de milho; e a concessão de subsídio de R$ 10 por saca de milho transportada do Centro-Oeste para Santa Catarina a ser deduzida dos créditos de PIS e Cofins que as indústrias da carne têm com a Receita Federal.