Esse foi o pior resultado dos últimos oito anos e a primeira vez desde 2008 em que o volume embarcado ficou abaixo dos 3 milhões de toneladas. Efeito do surto de Influenza Aviária (IA) iniciado em dezembro de 2014 e que, mesmo sem ter atingido a avicultura de corte, levou importadores tradicionais a embargarem total ou parcialmente o frango dos EUA.
Como aponta a tabela abaixo, não houve mês em 2015 em que o volume exportado superasse os resultados de idêntico mês do ano anterior. Mas – não custa lembrar – esse processo foi deflagrado antes do primeiro registro de IA no país. Ou seja: a doença apenas intensificou queda já existente.
Em outras palavras, a perda de mercado começou com um episódio de caráter político: o embargo russo ao frango norte-americano como retaliação às restrições econômicas impostas por vários países à Rússia, devido à sua atuação na Ucrânia. Em decorrência, 2014 já foi encerrado com resultado negativo em relação a 2013.
Mas à medida que 2015 avançava, os cortes apenas se agravavam. A queda de 8,70% no primeiro semestre subiu para 18,2% na segunda metade do ano. Daí o recuo anual de 13,45%.
Em sua mais recente previsão, o USDA projetou recuperação dos embarques em 2016 e aumento de quase 9% em relação ao ano passado. Mas os 3,1 milhões de toneladas previstos continuarão aquém do que foi embarcado anualmente entre 2011 e 2014.