Publicado em 25/02/2016 16h10

Crédito para agro do Banco do Brasil cresce 6% para R$ 174,94 bi em 2015

Expansão ficou abaixo da expectativa da instituição, devido à demanda menor por linhas de comercialização e investimentos
Por: Rafael Salomão

A carteira de crédito para o agronegócio do Banco do Brasil chegou a dezembro de 2015 somando R$ 174,94 bilhões. O crescimento foi de 1,82% em relação ao registrado em setembro último, quando o montante chegou a R$ 171,8 bilhões. No acumulado do ano, a alta foi de 6,1%, abaixo da expectativa da própria instituição, que estava entre 10% e 14%.  Os dados estão no balanço referente aos últimos três meses de 2015 e a todo o ano passado.

De acordo com o documento, o resultado da carteira sofreu os efeitos da menor demanda por linhas crédito para comercialização e investimentos. Mesmo com o crescimento menor, o segmento representou 21,5% do crédito total da instituição no ano passado e participação no mercado brasileiro foi de 60,9%.

Do total, R$ 123,23 bilhões correspondem a empréstimos para pessoas físicas, com alta de 9,4% em 12 meses. Nos financiamentos para empresas, a elevação foi de 4,8% no período, com um volume total de R$ 51,6 bilhões. 

“Nos seis primeiros meses da safra 2015/2016, o Banco do Brasil desembolsou R$ 43,6 bilhões em operações de crédito rural. NaAgricultura Familiar foram aplicados R$ 8 bilhões enquanto naAgricultura Empresarial o desembolso alcançou R$ 27,8 bilhões. As operações por meio do Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais (Pronamp) somaram R$ 7,8 bilhões”, informa o balanço do banco.

O banco registrou também aumento da inadimplência nos financiamentos agropecuários. Em dezembro de 2015, os atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos estavam em 0,97%. Em setembro de 2015, era de 0,84% e em dezembro de 2014, de 0,69%.  A instituição pondera, no entanto, que os índices estão abaixo do registrado no Sistema Financeiro Nacional.

O relatório de desempenho mostra que 52,1% da carteira de crédito para o agronegócio é formada por clientes chamados de AA e considerados de menor risco. O total de crédito atrelado a este perfil chegou a R$ 91,136 bilhões. A classificação vai do nível AA até H, sendo estes os mais arriscados e que representam apenas 1,4% do total, com um saldo de R$ 2,501 bilhões.

Para 2016, o Banco do Brasil projeta um crescimento entre 6% e 9% dos financiamentos para o setor agropecuário. Considerando esses números, confirmadas essas expectativas, a carteira de crédito para o agronegócio da instituição deve ficar entre R$ 185,44 bilhões e R$ 190,68 bilhões.

Resultado geral

No todo, o Banco do Brasil encerrou 2015 com um lucro líquido de R$ 14,4 bilhões, um aumento de 28% em relação o registrado em 2014, quando o resultado foi de R$ 11,2 bilhões. Ainda conforme o balanço, a rentabilidade comparara ao patrimônio líquido foi de 16,1%.

Considerando só o desempenho do quarto trimestre do ano passado, a instituição lucrou R$ 2,51 bilhões. O resultado foi 15,1% menor que o do período de outubro a dezembro de 2015, quando o lucro líquido totalizou R$ 2,95 bilhões.