A Marfrig registrou um prejuízo de R$ 194 milhões no quarto trimestre de 2015, uma queda de 31,9% na comparação com o resultado também negativo de R$ 285 milhões registrado no mesmo período de 2014. De outubro a dezembro do ano passado, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado somou R$ 527 milhões, o que representou um crescimento de 19,4% ante igual intervalo de 2014. A margem Ebitda passou de 10,1% para 10,2%. A receita líquida no período totalizou R$ 5,163 bilhões, alta de 18,5% contra o quarto trimestre de 2014. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 438,7 milhões, contra um número também negativo de R$ 690 milhões de outubro a dezembro de 2014.
No acumulado do ano, o prejuízo recuou 20,8%, de R$ 739 milhões em 2014 para R$ 586 milhões em 2015. O Ebitda ajustado consolidado elevou 32,3% no total de 2015, para R$ 1,791 bilhão, com margem Ebitda passando de 8,9% para 9,5%.
A receita líquida atingiu R$ 18,891 bilhões em 2015, um avanço de 24,2% contra 2014.
Na comparação anual, o resultado financeiro líquido subiu 49,7%, de um resultado negativo de R$ 2,061 bilhões em 2014 para um número também negativo de R$ 3,086 bilhões em 2015.
Dívida
O diretor-presidente (CEO) global da Marfrig Global Foods, Martin Secco, disse que a empresa está trabalhando com uma operação mais simples e focada, ainda altamente globalizada. "Temos aproximadamente 60% da nossa receita focada no exterior. O mercado doméstico representa 21%", afirmou Secco, em entrevista com jornalistas sobre os resultados do quarto trimestre de 2015.
Ele ressaltou que, pelo terceiro ano consecutivo, a empresa cumpriu com o guidance apresentado ao mercado. O executivo afirmou que a empresa continua empenhada em reduzir sua dívida. "Um compromisso que assumimos foi seguir com o processo de reestruturação da dívida, com a continuação de nossa decisão de vender ativos estratégicos . Esse compromisso obviamente continua e dá a empresa uma posição de caixa de liquidez extremamente positiva", disse.
Secco informou, ainda, que a Marfrig ainda não completou a operação de venda dos ativos na Argentina. Segundo ele, a negociação com uma empresa estrangeira - não revelada - continua, mas que foi atrasada por burocracias em relação ao governo argentino.
