Publicado em 17/08/2016 17h32

Cuidados com enraizamento reduzem estresse hídrico e podem impactar na produtividade de grãos

Aminoácidos estimulam sistema radicular que fica enfraquecido em períodos de estiagem
Por: Camila Castro | Centro de Comunicação

Durante a estiagem, regiões produtoras de milho e soja do Brasil sofrem impactos devido à redução de umidade do solo. Também chamados de veranicos, os períodos sem chuvas podem durar de 30 a 40 dias, e resultam no que é conhecido como estresse hídrico. O reflexo é a redução da captação de água e nutrientes pela planta, acarretando em problemas de desenvolvimento e, consequentemente, diminuindo a produtividade dos grãos.

Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de vendas para o Planalto Central da Alltech Crop Science, Cleiton Cavagnoli, nas áreas de milho plantadas na região Centro-Oeste correm um alto risco porque, muitas vezes, passam por vários períodos de estresse. “Nós temos um agravante nessa região que é o aparecimento de pragas e doenças de solo. Isso promove uma menor absorção de água e nutrientes causando uma desidratação mais rápida que somado ao estresse hídrico ocasionam perdas significativas de produtividades. Se você não tem uma planta com um bom sistema radicular, ela pode acabar caindo antes da colheita, aumentando ainda mais as perdas”, explica.

Aliado dos produtores para amenizar estes efeitos, os aminoácidos têm auxiliado agricultores da região no manejo nutricional e fisiológico durante os períodos de estiagem. Ademar Bedin, de Cristalina (GO), cultiva soja e milho e chegou a ter uma redução de 50% em sua produção devido à falta de chuva. A fim de reverter esse quadro, passou a aplicar soluções naturais à base de aminoácidos em sua plantação.

“O melhor enraizamento e nutrição são visíveis. Há um aumento no número e na profundidade das raízes, tornando as plantas mais resistentes, minimizando as perdas na lavoura”, explica o produtor. De acordo com Cavagnoli isso acontece porque os aminoácidos estimulam fisiologicamente o sistema radicular fazendo com que a planta suporte as fases de déficit hídrico com o menor stress possível. Além do estímulo de enraizamento é importante a proteção da raiz, para maximizar os resultados no desenvolvimento, ressalta.

“Outra observação é que nos períodos de estresse, é comum a planta diminuir a produção de alguns aminoácidos naturalmente. Ao incorporá-los através da parte nutricional, é possível manter os níveis mais elevados. Isso também favorece para que a planta consiga resistir por um maior período de tempo à estiagem”, finaliza o engenheiro agrônomo.