Pecuarista é acusado de usar documento falso para evitar desapropriação
Publicado em 18/10/2016 15h00

Pecuarista é acusado de usar documento falso para evitar desapropriação

MPF do Acre denunciou fazendeiro por adulterar documentos para “esquentar” terras improdutivas e escapar da reforma agrária
Por: Globo Rural

O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) entrou com ação penal contra o fazendeiro Júlio Cézar Moraes Nantes por fraudar notas fiscais com a finalidade de comprovar a produtividade da “Fazenda Soberana”, propriedade rural localizada em Xapuri, a cerca de 180 km de Rio Branco. A fazenda havia sido declarada improdutiva pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de desapropriação.

Segundo o procedimento investigatório criminalque antecedeu a ação, foram encontradas provas de que o fazendeiro apresentou notas fiscais que comprovariam, caso fossem legítimas, que a área da fazenda estava sendo utilizada para exploração de castanha, o que foi fator determinante para anular judicialmente a declaração de improdutividade da área.

Durante a instrução do processo foram ouvidas as pessoas anotadas nas notas fiscais como compradoras da castanha e todas negaram haver realizado transações comerciais com o denunciado. A Secretaria Estadual de Fazenda também informou ao MPF que a principal atividade exercida na área do denunciado é a criação de bovinos para corte.

O MPF denunciou Júlio Cézar pelos crimes de falsificação e uso do documento falso para auferir vantagem, o que pode levar à pena de até cinco anos de reclusão e pagamento de multa.

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