Governo avalia PEP, Pepro e AGF para trigo
Publicado em 19/10/2016 16h51

Governo avalia PEP, Pepro e AGF para trigo

Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura consultou setor sobre volumes a serem subvencionados
Por: Estadão Conteúdo

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu na terça-feira (18/10) a representantes do setor produtivo que apresentem proposta sobre o volume de trigo nacional que precisará ser apoiado pelas políticas públicas e quais mecanismos devem ser adotados. Conforme antecipou o Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, na sexta-feira (14/10), na reunião em Brasília foi discutida a possibilidade de realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Aquisições do Governo Federal (AGF).

No Pepro e no PEP, o governo subsidia a diferença de preço entre o valor de mercado do trigo e o mínimo de garantia ou arca com parte do custo do transporte para retirar o cereal da região produtora até centros consumidores. No AGF o produto é adquirido pelo governo diretamente do produtor para ser guardado nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento e ser usado futuramente para atender necessidades de consumo.

"Vamos estudar os mecanismos para garantir o preço mínimo ao produtor", disse Geller em nota distribuída pelo ministério após o encontro. Geller disse aguardar as informações para discutir o assunto com os ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Como lembra o Ministério, qualquer das medidas precisa da aprovação do Conselho Interministerial de Estoques Públicos (Ciep).Na nota, o Ministério destaca que o preço mínimo do trigo é de R$ 38,65 a saca de 60 quilos, enquanto no mercado paranaense produtor recebe hoje R$ 34, e no Rio Grande do Sul, R$ 33,40 a saca. Juntos, RS e PR respondem por 90% da produção brasileira de trigo. O Paraná já colheu 70% do grão. No Rio Grande do Sul, a colheita está começando.

No encontro estavam presentes, segundo o Ministério, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), do Ministério da Fazenda e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outros.

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