Publicado em 11/11/2016 23h05

K+S tem prejuízo de 27,4 milhões no 3º trimestre

Fabricante alemã de fertilizantes tinha lucrado 89,2 milhões de euros no mesmo período no ano passado
Por: Estadão Conteúdo

A produtora de fertilizantes alemã K+S reportou prejuízo líquido ajustado de 27,4 milhões de euros no terceiro trimestre de 2016, ante um lucro líquido de 89,2 milhões de euros em igual período do ano passado. A receita no período registrou queda de 22,9%, de 891,4 milhões de euros para 687,6 milhões de euros. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 72% no trimestre, para 55,9 milhões de euros.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da K+S, Norbert Steiner, o resultado já era previsto pela companhia, diante dos preços mais baixos dos produtos do negócio de potássio e magnésio. "Os preços do cloreto de potássio, entretanto, se estabilizaram. Mas a produção na unidade de Werra ainda é extremamente desafiadora."

Por causa da baixa quantidade de água esperada no Rio Werra durante os meses do verão e pelo volume restrito de poços profundos para águas residuais, a produção foi novamente limitada no terceiro trimestre. Segundo a empresa, já não é possível compensar as perdas de produção até o fim do ano.

A K+S informou que a receita no segmento de potássio e magnésio recuou 36% no trimestre, para 301,7 milhões de euros. Na Europa, a unidade obteve receita de 167,5 milhões de euros (-24% na comparação anual). Em volume, as vendas totais recuaram 17%, para 1,26 milhão de toneladas, enquanto o preço médio dos produtos do segmento caiu 22,9%, para 238,8 euros por tonelada.

A empresa ajustou sua perspectiva para o encerramento de 2016. A expectativa é de que o Ebitda fique entre 500 milhões de euros e 560 milhões de euros (antes previsto para 500 milhões a 600 milhões de euros).

Sobre sua estratégia para 2020, a empresa se mantém otimista de que vai conseguir atingir o objetivo de Ebitda de cerca de 1,6 bilhões de euros no ano (em 2015 foi de 1,1 bilhão de euros). A empresa disse, ainda, que a atual fraqueza do mercado de potássio não é sustentável, uma vez que a tendência é de crescimento no médio e longo prazo.