As reduções nos subsídios dados pelo governo à produção de milho levaram os agricultores chineses a plantar mais oleaginosas, principalmente soja. Por isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reajustou nesta semana sua previsão da safra 2017/18 do gigante asiático para 14,1 milhões de toneladas.
A alteração na projeção significa um crescimento líquido de 1 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior. O USDA prevê ainda um aumento da área plantada de soja chinesa de 9,1% em relação ao ano anterior. Apesar disso, é improvável um aumento significativo da área total de produção de oleaginosas e da produção, devido às limitações de terras cultiváveis da China e a uma produtividade continuamente baixa.
No entanto, a crescente demanda por oleaginosas do gigante asiático continua a superar em muito o crescimento da produção doméstica de oleaginosas. As importações chinesas deverão atingir o recorde previsto de 91,5 milhões de toneladas na temporada 2017/18, um aumento de 3 milhões de toneladas em comparação com a estimativa do ano anterior.
O USDA justifica que a China está aumentando o consumo de oleaginosas. O fenômeno ocorre porque há previsão de crescimento econômico estável em cerca de 6,7% este ano, bem como a contínua modernização dos setores de alimentação e pecuária naquele país.