O Paraguai importou US$ 85 milhões em agroquímicos nos primeiros seis meses do ano, de acordo com dados divulgado pela Revista Corporativa Global. O montante se manteve inalterado quando comparado ao mesmo período de 2016, apesar de o país vizinho expandir sua produção agrícola em progressão geométrica: já e o sexto maior produtor de soja do mundo (9,5 milhões de toneladas em 3,1 milhões de hectares) e quarto maior exportador mundial da oleaginosa.
Para o mercado local, porém, o desafio é diminuir as compras externas e incrementar a produção doméstica de agroquímicos. É o que afirma Claudio Pusineri, diretor da Agrofuturo, uma empresa paraguaia de 21 anos que atualmente produz cerca de três milhões de quilos de defensivos agrícolas tanto para o mercado interno como tpara exportação.
“Começamos comercializando apenas quatro registros, e hoje já vendemos mais de 100 produtos entre insecticidas, fungicidas, herbicidas e fertilizantes. Estamos produzindo para o mercado interno e também exportamos faz cinco anos ao mercado boliviano, e temos vários planos de expansão”, revelou o executivo.
“O setor de produtos agroquímicos cresceu exponencialmente, principalmente em função do aumento da superfície cultivada. Mas também houve uma evolução na qualidade dos produtos. Hoje em dia temos uma produção nacional excepcional porque o maquinário é de excelente tecnologia e os profissionais estão muito bem capacitados. São produtos com cada vez maior qualidade e mais amigáveis ao meio ambiente”, sustentou Pusineri.
“Nosso objetivo é substituir os produtos chineses, que são a grande maioria, por paraguaios. Percebemos que agora tanto os produtores como as empresas intermediarias já escolhem mais os produtos formulados no Paraguai, primeiro pelo preço competitivo, mas também pela excelente qualidade. Estamos ganhando território lentamente, mas com passos firmes”, conclui.