O desaparecimento do algodão das lavouras alagoanas não significa o fim da cultura. É que o que acredita o secretário estadual de Agricultura, Álvaro Vasconcelos, ao destacar a importância do 11° Congresso Brasileiro do Algodão, iniciado ontem e que acontece até amanhã, no Centro de Convenções, em Jaraguá. Como a meta do setor é ampliar em até 17% a área plantada no País, a expansão nacional pode incluir o Estado.
“Tivemos problemas, no passado, mas temos vocação histórica. Por isso acho que a realização desse grande evento, com a presença de toda a cadeia produtiva impulsione a retomada da produção local, com os nossos produtores e empresários que venham investir no setor”, disse Álvaro. A cotonicultura já foi uma das forças econômicas no Estado, tornando-se rival da cana-de-açúcar. Porém, a safra de 2016 conseguiu alcançar apenas 60 hectares.
O secretário lembrou, ainda, que o evento também representa um incremento no turismo, já que, nos próximos dias, será gerado um consumo paralelo ao evento com os hotéis, bares e restaurantes. “Hoje tudo tem que está integrado”.
Presença
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, vai reunir em Alagoas, 1,2 participantes de toda a cadeia produtiva da fibra. Segundo o presidente da Abrapa, Arlindo Azevedo Moura, o tema “inovação e rentabilidade” mostra como a conjuntura atual é favorável ao mercado interno, como o internacional. “Sugere uma tendência de aumento e preços e, consequentemente, de área”, destacou Arlindo, reforçando o interesse do setor em expandir o plantio. Promovido a cada dois anos, essa edição do congresso terá como símbolo a renda filé, uma das preciosidades da cultura alagoana.
Ontem à tarde, antes mesmo da abertura oficial do evento, técnicos e pesquisadores do setor, acompanharam palestras técnicas sobre controle biológico e garantia de qualidade da “pluma”, como é chamada a parte a ser manufaturada.